Na semente do rio
nascente dourada
afluir à raiz do poema
para molhar as mãos
lavar o rosto da noite
aparar a barba dos sonhos
vestir o casaco das nuvens
e à porta deixar um recado:
- volto já
seixos polidos pela corrente
em fios de contas diários
as luzes da casa acesas
(espanta espíritos da solidão)
a sinfonia brilhante da sala espalha soporíferos pelo ar
enquanto o sono anestesia o coração de luz acesa,
à espera
da semente do rio.
Apagar a luz das estrelas e dormir sem sono
nem sonho.
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