Correram os dias em limoeiros
Verdes e as folhas com teias
Aquele fresco férreo da chuva
Casa A nossa terra
Abraço o cheiro dos campos
E de espanto respiro-te em cada gota de orvalho
E quando o mundo pára
E quando só existe esta aragem fresca da manhã
E quando nos meus olhos só existem campos
O tom da terra dos teus olhos inunda-me
E os teus braços de pássaro estendem-se com os meus.
Aí, nesse preciso instante em que a morte poderia vir serena
É aí que toda a vida respira
Na ternura imensa dos limoeiros
Abraçados à terra
O orvalho
E a certeza da eternidade
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