Comer à nascença o fruto de morrer
nos interlúdios das estações
fazer música do sangue e crescer
entre notas de areia e asfalto
dizer distraidamente:
- comi o mundo de assalto!
Na solidão assistida de mãos dadas,
como as árvores,
desaparece o mundo engolido dentro de ti
as raízes são sempre entrelaçadas
húmido silêncio de crescer
flores na terra e em nós
semeamos o fruto da nossa eternidade.
Beber dos dias o sémen, na ponta do coração
escritura dos dias em fios de contas
com eles riscamos o tempo, entre adeus e amor.
Isto, meu amigo,
mais não é que uma sucessão de histórias.
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