De ti sobraram as lâmpadas da noite no horizonte da planície.
Guardei no entanto as papoilas usadas entre as letras dum livro que me ofereceste.
Que modo parvo de guardar a memória com cheiro a sentimentalismo barato.
A julgar pelo aspecto gasto deveria imaginar as décadas das tuas mãos, mas não, prefiro guardar no horizonte a memória barata dum livro gasto.
Sento-me com a Florbela e aceno com a cabeça o quão pobres somos. As mesmas, sempre, para dizer várias coisas.
Velhas e gastas, Florbela, velhas e gastas...
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