E ditaria conjuração sobre espaço e tempo
Deter-te nas minhas garras
Saciar todo o meu capricho
Só um livro, só um gesto
E permanecias a meus pés
Pronta e destemida, o desafio que pagas caro
O espaço feito caos, essa silhueta de cabeça pendida
Sinuosa coisa de carne exangue
Perpetrar-te o golpe, secar o sexo
E plantar o húmus no solo que te dá o chão.
Extinguir a cegueira e o sol que queima
Deixar a lua ser a prata que te reflecte
E o cuspo na tua face, o orvalho matinal
As mãos em ti, cravadas
São o ultimo desejo e a ordem que detém o tempo, sangue do meu sangue.
2 comentários:
Não fora a liturgia de um verso...
Um poema arrebatante,
pela força que se sente imersa,
pela forma - poderosa e impressiva - como se diz
Irrecusável e de indiscutível
qualidade
Abraço
Obrigado por aqui passar e agradeço o raro e assertivo comentário pelo qual sou muito grato!
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