Sumiste-te na graça de um colibri
perfumando os sentidos,
gentilmente
uma ágata ébano e gengibre
formiga vermelha de beliscadura fina,
dolorosa, inquietante e muito viciante
a gotejar numa mimíca de adivinha da tua voz
lento bater nessa pele sempre capa de um verso
doçura no leve desprender desse toque
antes do próximo toque
momentos azuis e depois carmim
uma metáfora que mate a metáfora
de seres a Deusa inequivocamente singular.
Num só verso desenhar o inimitável de ti
verter num chão sagrado
pétalas a teus pés.
Língua, silêncio e o delírio,
destes versos, nem a morte nem canções
levarão.
Sem comentários:
Enviar um comentário