sexta-feira, 4 de julho de 2014

To my Bunita



Sumiste-te na graça de um colibri
perfumando os sentidos,
gentilmente

uma ágata ébano e gengibre
formiga vermelha de beliscadura fina,
dolorosa, inquietante e muito viciante
a gotejar numa mimíca de adivinha da tua voz

lento bater nessa pele sempre capa de um verso
doçura no leve desprender desse toque
antes do próximo toque
momentos azuis e depois carmim
uma metáfora que mate a metáfora
de seres a Deusa inequivocamente singular.

Num só verso desenhar o inimitável de ti
verter num chão sagrado
pétalas a teus pés.

Língua, silêncio e o delírio,
destes versos, nem a morte nem canções
levarão.







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