Como se um poema fosse uma fotografia, eu tento sempre espreitar pelo outro lado da objectiva para ver quem olha o retrato e o porquê do retrato... é uma espécie de bisbilhotice, como se o poema não chegasse; é sempre preciso saber quem o escreve e porque o escreve.
Que estaria ele, o poeta, a pensar?
Será que o que escreve é uma dissertação duma imagem na retina, ou será um filme; será o tempo do café, ou será um dia inteiro?
E porque é que escreve?
Para mim ler um poema é observar num loop infinito de tempo o próprio acto de escrever, por isso, a morte dos poetas é coisa que não existe enquanto houver a obra e quem os leia.
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