quarta-feira, 19 de março de 2014

To love



Onde nasceu o sol, naquele preciso espaço exíguo entre a tua perna e a tua virilha; foi precisamente aí que deixei um beijo como quem penitência de joelhos uma doença, na esperança de nascer o sol, todos os dias, com a mesma inclinação do amor, como naquela madrugada que desfolhaste os lábios da minha carne e em espasmos fizeste nascer o sol nas minhas coxas.
Onde depois nasceu a lua, o reflexo prateado dos teus cabelos grisalhos na fantasia cheia duma respiração crescente; e a tua boca amor, fendeu-me por dentro e dos meus lábios nasceram voos para as tuas mãos.

...e todos os dias, guardo o perfume tão carnal do nascer do sol.

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