quarta-feira, 8 de julho de 2015

Espelho

É uma ampulheta o tempo ausente
estradas de linhas que são o teu corpo.
Conversa aqui e ali ao longo de verdes 
e flores por ti assinaladas. 
O desejo estende-se numa saudade 
volta ao mundo em balão.



São os teus olhos em todo o lado 
e o teu pensamento 
sobrevoa-me como uma neblina que distorce a luz.

Fica tudo da mesma cor
as palavras ecoam em todas as arestas onde se partem 
infinitos cintilantes fragmentos 
dispersam-se 
invisíveis por toda a cidade. 

Todas as pessoas são iguais a ti
a cidade mais não é que o teu reflexo.

1 comentário:

Filipe Campos Melo disse...

todo o verso é reflexo de um verso