segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O eco



Podia escutar o silêncio. A filigrana das partículas do ar, tocando-se num rumor que era só um leve sopro. Falaste-me ao ouvido com as palmas das mãos viradas para cima e o rubor rosa na tua face, não me tocaste com os cabelos mas sabia-os pimenta preta. O eco deixou-as mais um instante a rodopiar e escuto-as desde então.
Vagos e desfocados momentos esmaecidos no vívido orgânico verde dos teus olhos.
Trago comigo esse eco-silêncio onde as tuas palavras se insinuam e se constituem o desenho de ti.







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